Nunca esqueci essa frase do Lego Rock Raiders...
Bem, voltando de minha pequena folga longe do blog, achei um assunto interessante pra falar.
A influência da propaganda nos jogos.
Os seus carros em Burnout Paradise podem.
Começou no lançamento da nova geração, quando Peter Moore (não, não é o gorducho inimigo do governo dos Estados Unidos. Peter Moore era o antigo comandante da parte de entretenimento da Microsoft) disse que a nova geração ia inovar no quesito de "anúncios" (!?), com que os anúncios colocados nos jogos através de investidores externos poderia diminuir os preços dos jogos, e porque não? Coloca-los de graça no mercado!
VIVA! JOGOS DE GRAÇA! FINALMENTE ALGUMA COISA ÚTIL FEITA COM O MARKETING!
Sim! Jogos de graça! E a única coisa que nós, gamers, precisaríamos fazer seria deixar que alguns cartazes e painéis mostrando produtos enfeitassem nosso mundo virtual!
O tempo passou.
Ok, antes de criticar, melhor deixar bem claro que a idéia de pôr anúncios nos jogos não é nova. No antigo (e adorável) game The Secret of the Monkey Island, quando o protagonista conversa com um dos piratas na taverna, é feita uma enorme propaganda de um outro jogo da LucasArts ("Loom"). Claro, a propaganda que o pirata faz é tão descarada e sem-vergonha que fica bem engraçado (aliás, o jogo em si é bem hilário). Mas a questão é: o cara FAZ a propaganda do jogo!
Mais tarde, bem me lembro que, na época em que meu PS2 funcionava e eu adorava passar as tardes de domingo arremessando carros para fora das pistas em Burnout 3, havia uma propaganda de Need for Speed Underground 2. Burnout 3 contava até mesmo com uma Demo de Need for Speed! (não, o jogo não invocava um demônio rápido) (caraca, que piada infame).
Claro, isso não era de nenhuma forma uma coisa ruim. Você tinha Burnout 3 completo, e ainda uma fração do que você poderia experimentar em Need for Speed Underground 2. Melhor, impossível.
E vale a pena comentar que até Super Smash Bros Brawl possui propaganda de jogos que você pode comprar no Virtual Console (pequenas demonstrações de 2 a 5 minutos cada de jogos clássicos).
Mas até hoje, ficou por aí. Não houve muitos jogos que colocassem muitas propagandas em seu conteúdo. As propagandas, geralmente, eram feitas de outros games. E gamer adora games. Então tudo bem.
E o que acontece quando o marketing extrapola um pouquinho?
Aaargh! As propagandas me perseguem até na minha Segunda Vida! (preciso explicar a piada?)
Quer um exemplo? Imagine assim: você é um espião, e os caras maus de descobriram. Agora eles estão descendo a porrada em você em uma sala de tortura. Quando um dos caras para e fala para o outro:
"Nossa, aqui tá muito calor, num tá não?"
"Está, mas eu nem to transpirando!"
"Nossa! Como?!?"
"É porque eu passo Lady Speed Stick Double Defense. Dupla proteção, e frescor."
Coisas desse tipo podem acontecer enquanto você estiver jogando Splinter Cell: Conviction.
Ok, não vai ser EXATAMENTE assim, mas você entendeu a idéia. O produtor mesmo que disse que Splinter Cell contaria com propagandas in-game.
Se fosse em prol do realismo, tudo bem. Seria até divertido. Mas não é isso que o produtor deu a entender.
E agora me diz uma coisa: Splinter Cell: Conviction vai sair de graça? Será que titio Moore estava falando sério quando falou em baixar o preço dos jogos?
Nem boa piada isso seria.
Claro, eu posso estar errado.Se os produtores usarem as propagandas de um jeito convincente, o jogo vai pareçer ainda mais real. Como em Metal Gear Solid 4, aonde o Old Snake pode jogar Playboys para distrair os soldados, que inocentemente abrem as revistas procurando mulher pelada, quando são pegos de surpresa num CQC. Talvez Splinter Cell: Conviction use desses mesmos artifícios, e use as propagandas de tal forma que a pressão na cena de tortura seja esmagadora.
Mas ainda somos marinheiros de primeira viagem no mar que existe entre propagandas e games. Talvez, no futuro não tão distante, propagandas nos games sejam tão normal quanto as propagandas no programa da Palmirinha. Talvez não. Quem sabe?
Bem, agora eu vou chutar alto para ver se acerto alguma coisa no futuro. Eu acredito que as propagandas nos games se tornem um tanto comuns em super-produções de games. Mas haverá uma grande remessa de indie-games sem propaganda nenhuma, o que aumentará ainda mais o vão que existe entre indie-games e games que contam com mais de 500 funcionários. Indie-games sem propagandas, e super-produções com propagandas. E ainda haverá a maior remessa de pequenos Advergames, que começaram a poluir a internet.
Mas isso é tudo um chute, não dá pra ter certeza.
A é! E todos os games daqui a 3 anos serão de graça.
o_o
Otimo post. Nâo acho que isso va acontecer por que as empresas que fazem jogos vão achar que propagandas diminuiriam as vendas dos jogos, mesmo isso não sendo verdade. Ah, essa do Lady Speed Stick foi excelente.
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