quinta-feira, 8 de outubro de 2009

trace("Machinima")

Definição de Machinima (de acordo com a boa e (não tão) velha Wikipedia): Machinima, termo criado a partir das palavras da língua inglesa machine (máquina) e animation (animação), é tanto uma coleção de técnicas de produção associadas quanto um gênero fílmico, ou filme criado por tais técnicas de produção.

Mais especificamente, "machinimas" são verdadeiras curta ou longa-metragens que são "filmadas" usando (geralmente) de engines de jogos. Isso praticamente não tem limites. Pode ser um filme ou um seriado. Pode ser comédia ou ação. Não importa.
"Mas como raios eu vou pegar a engine de um jogo e fazer um filme?"
Simples. Quer um exemplo? Começe a jogar um jogo, como Counter-Strike. Há quatro pessoas num jogo em Lan: 3 vão ser os "atores", o outro vai ser o "câmera". Sabe aquela coisa no Counter-Strike quando você morre, de poder ver a fase inteira livremente usando no "ghost"? Então... agora é só preparar um programa (há vários disponíveis para download) para que, ao pressionar um botão, você começe a gravar em video o que está na tela. Os outros 3 participantes, os atores, vão fazer seja lá o que for que esteja no roteiro, enquanto o quarto integrante vai filmar tudo no modo "ghost".
E isso é só uma maneira de fazer. Você também pode criar um filme usando o World Editor do Warcraft III, ou filmando apenas você jogando e editar o filme para por sua voz no fundo (como se você fosse o personagem falando).

Aqui eu vou por meus vídeos prediletos feitos em Machinima. Espero que voces gostem!

1- Freeman's Mind - Seriado




Um dos melhores. E só foi preciso um programa para gravar o que está na tela e o jogo Half-Life. O seriado de 20 e poucos episódios se passa no começo do jogo Half-Life, sendo que o protagonista é o próprio Freeman. Simplesmente hilário.

2 - Arbie 'n' the Chief - Seriado



Este é um ótimo exemplo de Machinima que não utiliza da engine de um jogo. Apesar de usar dos personagens de Halo... bem... na verdade, ele usa os bonequinhos dos personagens do Halo. De tão estranho que é chega a ser expremamente engraçado.

3 - Counter-Strike for Kids - Curta-metragem



Meu exemplo foi retirado deste machinima. Com os mod's certos, qualquer criança pode jogar Counter-Strike!

4 - Red vs Blue - Seriado



Este sim, é o perfeito sinônimo de seriado. Têm até box das temporadas para vender na internet! Já faz um tempo que esse machinima foi criado, e mesmo assim ele ainda é um dos melhores que há.

Bem... esse foi um post um tanto rápido sobre Machinimas. Se você quer ver ou saber mais, acesse o site Machinima.com , e assista alguns de seus vários videos.
Machinima = Sétima Arte + Games. Não podia ser melhor. =]

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

trace("Vício");

Chegou um tema complicado para discussão (ou reflexão, se ninguém comentar o post =P);
O Vício nos Games.

Primeiro, o "prólogo" do post; eu tive a idéia de escreve-lo ao entrar nesse respectivo post desse blog:
http://www.mundogump.com.br/top-5-das-drogas-bizarras/. Uma leve pesquisa no google de uma curiosidade engraçada fez eu ler um post que foi muito discutido; não sobre o tema das "drogas bizarras" (apesar que, de fato, elas SÃO bizarras), mas sim sobre o "simples" consumo de drogas.
Não quero me posicionar a favor ou contra as drogas; este não é o objetivo desse blog. O objetivo dele é falar sobre a A Arte, e principalmente a relação desta com o mundo lúdico (leia-se: Games). E o vício nos games é, senão a principal, uma das maiores críticas com relação a estes. É importante falar disso, se quisermos entender um pouco mais os games.

A definição de vício é, de acordo com o site Wikipedia (muitos a consideram uma fonte "desconfiável", mas minha pesquisa em dicionários resultou em coisas parecidas; a definição dada pela Wikipedia me pareceu mais completa):
- "Vício (do latim "vitium", que significa "falha ou defeito") é um hábito repetitivo que degenera ou causa algum prejuízo ao viciado e aos que com ele convivem. O termo também é utilizado de forma amena, muitas vezes deixando um índice de sua acepção completa."

Isso já completa bastante o que eu quero dizer: Viciados são aqueles que tem a dependência no consumo de algo; o efeito colateral disso é a constante necessidade de consumir aquilo, ansiedade, agressividade, e etc... Isso não com algo em específico, mas com tudo que pode se tornar "viciante".
E TUDO pode se tornar viciante.

O Vício em games é a constante necessidade de jogar games. Simples assim? Não. Muito mais complexo. Tentarei usar informações confiáveis através de uma série de pesquisas que fiz, mas o melhor a fazer é cada um pesquisar por si. Quanto mais gente informada, melhor.

Quando é que o ato de jogar Games não é mais saudável? Melhor ainda, quando que o ato de jogar games é saudável?
Essa última pergunta eu já respondi em posts anteriores, mas vou reafirmar aqui: os games servem para ensinar. Não é a roupagem do jogo que vai defini-lo, e sim o conteúdo do mesmo. Estudos comprovam que jogar Tetris faz bem para o cérebro; não só Tetris, mas TODOS OS JOGOS vão estimular o cérebro. Em uma área ou em outra. Os jogos podem desenvolver o aspecto social dos jogadores (Second Life), podem aguçar os reflexos (Counter-Strike), podem estimular o raciocínio lógico (Monkey Island).
O jogo começa a fazer mal quando este se torna uma necessidade fisiológica; caso você não jogue, você passará mal. Assim, começa um processo de distorção do mundo do jogo para o mundo real. Ai surge os problemas de atenção e o isolamento social.

Agora, creio que chega a parte mais importante desse post: O problema está nos games?
Não. Claro que não. Os jogos são extremamente antigos; provem da época em que "brincavamos" de lutinhas entre nós mesmos para treinarmos nossos instintos de sobrevivência quando um predador de verdade viesse. Os jogos, ressalto novamente, ensinam. E são, entre todas as formas de mídia, a que mais se conecta com o espectador; o que gera, positivamente, a imersão do espectador, e maior linha e possibilidade de aprendizado.
Porém, qualquer coisa, em excesso, não é saudável. Assistir TV em excesso não é saudável. Comer em excesso não é sáudavel. Dormir em excesso não é saudável. A solução está no equilíbrio; na responsabilidade que o jogador tem para com ele mesmo e para com os games. Jogar é bom e faz bem; mas em excesso, prejudica, como qualquer outra coisa.

Eu apoio grandemente os games; acho que o entendimento deles e a inserção deles na sociedade como uma forma de mídia responsável é fundamental para o desenvolvimento de vários aspectos da humanidade; afinal de contas, os jogos nos acompanham desde que o ser humano se da por gente, e desde então tem se desenvolvendo junto com a sociedade. Mas a responsabilidade de jogador para com os games existe; e o maior apoio que podemos dar é termos uma relação saudável com os games. A tentação de jogar games o dia inteiro é grande, justamente pelo fato de os games serem uma forma das pessoas se conectarem a um mundo sem punições que reflitam na realidade, e aonde o aprendizado é rápido e diferenciado. Essa sensação de aprender rapidamente nos agrada. Mas em excesso, isso pode trazer graves consequências.

A última coisa que quero colocar nesse post, caros leitores, é sobre um jogo que eu jogo desde há muito tempo. É um jogo meio complicado, aonde o nível de dificuldade se adapta exatamente ao nível do jogador, o que o torna extremamente desafiador. Viciar nele é algo praticamente certo.
Este jogo se chama VIDA.
Este, sim, é o único jogo em que vale a pena se viciar. Não desistam dele.


Alguns links que visitei:
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=34637&op=all
http://games.terra.com.br/interna/0,,OI1529321-EI1702,00.html
http://www.vicioemjogos.blogspot.com/