segunda-feira, 5 de outubro de 2009

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Chegou um tema complicado para discussão (ou reflexão, se ninguém comentar o post =P);
O Vício nos Games.

Primeiro, o "prólogo" do post; eu tive a idéia de escreve-lo ao entrar nesse respectivo post desse blog:
http://www.mundogump.com.br/top-5-das-drogas-bizarras/. Uma leve pesquisa no google de uma curiosidade engraçada fez eu ler um post que foi muito discutido; não sobre o tema das "drogas bizarras" (apesar que, de fato, elas SÃO bizarras), mas sim sobre o "simples" consumo de drogas.
Não quero me posicionar a favor ou contra as drogas; este não é o objetivo desse blog. O objetivo dele é falar sobre a A Arte, e principalmente a relação desta com o mundo lúdico (leia-se: Games). E o vício nos games é, senão a principal, uma das maiores críticas com relação a estes. É importante falar disso, se quisermos entender um pouco mais os games.

A definição de vício é, de acordo com o site Wikipedia (muitos a consideram uma fonte "desconfiável", mas minha pesquisa em dicionários resultou em coisas parecidas; a definição dada pela Wikipedia me pareceu mais completa):
- "Vício (do latim "vitium", que significa "falha ou defeito") é um hábito repetitivo que degenera ou causa algum prejuízo ao viciado e aos que com ele convivem. O termo também é utilizado de forma amena, muitas vezes deixando um índice de sua acepção completa."

Isso já completa bastante o que eu quero dizer: Viciados são aqueles que tem a dependência no consumo de algo; o efeito colateral disso é a constante necessidade de consumir aquilo, ansiedade, agressividade, e etc... Isso não com algo em específico, mas com tudo que pode se tornar "viciante".
E TUDO pode se tornar viciante.

O Vício em games é a constante necessidade de jogar games. Simples assim? Não. Muito mais complexo. Tentarei usar informações confiáveis através de uma série de pesquisas que fiz, mas o melhor a fazer é cada um pesquisar por si. Quanto mais gente informada, melhor.

Quando é que o ato de jogar Games não é mais saudável? Melhor ainda, quando que o ato de jogar games é saudável?
Essa última pergunta eu já respondi em posts anteriores, mas vou reafirmar aqui: os games servem para ensinar. Não é a roupagem do jogo que vai defini-lo, e sim o conteúdo do mesmo. Estudos comprovam que jogar Tetris faz bem para o cérebro; não só Tetris, mas TODOS OS JOGOS vão estimular o cérebro. Em uma área ou em outra. Os jogos podem desenvolver o aspecto social dos jogadores (Second Life), podem aguçar os reflexos (Counter-Strike), podem estimular o raciocínio lógico (Monkey Island).
O jogo começa a fazer mal quando este se torna uma necessidade fisiológica; caso você não jogue, você passará mal. Assim, começa um processo de distorção do mundo do jogo para o mundo real. Ai surge os problemas de atenção e o isolamento social.

Agora, creio que chega a parte mais importante desse post: O problema está nos games?
Não. Claro que não. Os jogos são extremamente antigos; provem da época em que "brincavamos" de lutinhas entre nós mesmos para treinarmos nossos instintos de sobrevivência quando um predador de verdade viesse. Os jogos, ressalto novamente, ensinam. E são, entre todas as formas de mídia, a que mais se conecta com o espectador; o que gera, positivamente, a imersão do espectador, e maior linha e possibilidade de aprendizado.
Porém, qualquer coisa, em excesso, não é saudável. Assistir TV em excesso não é saudável. Comer em excesso não é sáudavel. Dormir em excesso não é saudável. A solução está no equilíbrio; na responsabilidade que o jogador tem para com ele mesmo e para com os games. Jogar é bom e faz bem; mas em excesso, prejudica, como qualquer outra coisa.

Eu apoio grandemente os games; acho que o entendimento deles e a inserção deles na sociedade como uma forma de mídia responsável é fundamental para o desenvolvimento de vários aspectos da humanidade; afinal de contas, os jogos nos acompanham desde que o ser humano se da por gente, e desde então tem se desenvolvendo junto com a sociedade. Mas a responsabilidade de jogador para com os games existe; e o maior apoio que podemos dar é termos uma relação saudável com os games. A tentação de jogar games o dia inteiro é grande, justamente pelo fato de os games serem uma forma das pessoas se conectarem a um mundo sem punições que reflitam na realidade, e aonde o aprendizado é rápido e diferenciado. Essa sensação de aprender rapidamente nos agrada. Mas em excesso, isso pode trazer graves consequências.

A última coisa que quero colocar nesse post, caros leitores, é sobre um jogo que eu jogo desde há muito tempo. É um jogo meio complicado, aonde o nível de dificuldade se adapta exatamente ao nível do jogador, o que o torna extremamente desafiador. Viciar nele é algo praticamente certo.
Este jogo se chama VIDA.
Este, sim, é o único jogo em que vale a pena se viciar. Não desistam dele.


Alguns links que visitei:
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=34637&op=all
http://games.terra.com.br/interna/0,,OI1529321-EI1702,00.html
http://www.vicioemjogos.blogspot.com/ 

2 comentários:

  1. Motherfucking fucking post. Muito bom nego, parabéns, se a EGW não te contratar, você abre sua revista. Seus textos dão 10 a zero nas piadinhas dos críticos de games lá!

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  2. Mano, vc eh foda. Ponto final. Essa sua frase sobre a vida foi animal. Concordo com o dario(?). Se vc abrir uma revista (e não me contratar pq se vc me contratar eu vo le antes) eu compro e FICO PUTO pq vc não me chamo. Saudade mano...

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