sexta-feira, 23 de outubro de 2009

trace("Imaginação e Ludologia")

(Aqui nesse post jaz uma dissertação que eu fiz para minha aula de redação, que tinha como objetivo usar o "Siligismo". Como eu sou muito pomposo e divertido, eu terminei minha redação e reescrevi ela no blog. Espero que gostem! =] (eu usei alguns termos e metáforas já utilizadas nesse blog para fazer a redação. Mas a professora não sabe... >.> ... <.< ...)
__________________________________________________________________________________

Já dizia Albert Einstein: "Imaginação é mais importante que inteligência". Porque isso? Bom, em uma tentativa (fraca) de analogia, eu poderia dizer que a inteligência é a qualidade em que o mapa vai ser desenhado, e a imaginação é até aonde esse mapa vai mostrar. O mapa a ser desenhado, bem, condiz a qualquer assunto, ou tema, ou qualquer coisa que precise de um QI maior que o de um mosquito. Ou de uma capivara.

É por isso que nos diferenciamos dos animais. Possuímos a exclusiva habilidade de "pensar fora da caixa". Enquanto as capivaras, dia após dia, roem suas nutritivas espigas de milho, sem nunca tentar alterar a rotina, nós, seres humanos, sempre buscamos a melhor maneira de sobreviver usando nossa capacidade inventiva.

Perceba, caro leitor(a), que desde quando éramos pequenos ignorantes ávidos por conhecimento, exercitávamos nossa imaginação através de jogos e brincadeiras. Seja no pique-esconde, pega-pega ou polícia e ladrão, tentávamos explorar as nossas capacidades de sobrevivência em ambientes diversos. Claro, as habilidades físicas treinadas nessas "simples brincadeiras" poderiam ser mais usadas em nosso cotidiano se tivéssemos que correr ou se esconder de predadores, como tigres ou capivaras (felizmente, para nós, a capivara é bum animal herbívoro e pacífico). Mas a imaginação que esses jogos se apropriam para usar, como "táticas de jogo", ou simplesmente na metáfora visual de um time de "policiais" e outro de "ladrões", serve de base para a evolução da imaginação em nossa massa cinzenta.

Aqui é importante denotar a importância de jogos eletrônicos, ou jogos de RPG de mesa (RPG é sigla de "Role Playing Game", ou "Jogo de interpretação de papéis"). Apesar desses jogos (ou estilos de jogos) sejam motivo para muitas controvérsias envolvendo "jogos violentos", armas e garotos atirando em todo mundo em escolas alemãs (estranho como esses casos acontecem com certa frequência na Alemanha...), são estes mesmos jogos que trazem em suas raízes a mecânica envolvente de um simples jogo de "faz-de-contas", mas com regras concretas para o jogador poder se situar. Os jogos, não importando o tema, o conteúdo, ou o quão abstrato é ("peculiar" é a palavra-chave de jogos como "Katamar Damacy", aonde o jogador controla uma bola que gruda em qualquer coisa do mundo. O objetivo é...bem... grudar em todas as coisas do mundo). Os jogos vão desenvolver o ser humano, pois forçam o raciocínio e a imaginação para que o jogador decifre os diferentes desafios que a mecânica do jogo propõe.

Então, apesar de todo o preconceito envolvendo os jogos como "coisas de criança", estes possuem um papel fundamental no desenvolvimento do ser humano. Desde jogos como "War" (quantas tardes passadas numa praia chuvosa jogando "War" eu passei...), até "Tetris". A mecânica na qual os jogos são construídos pode variar, mas a finalidade é a mesma: fazer o jogador aprender. Analizar um jogo pelo seu aspecto superficial é a melhor maneira de criar preconceitos com relação aos mesmos; preconceito bobo que acaba desvalorizando uma indústria que acompanha a humanidade desde seus primórdios evolutivos. Jogos desenvolvem as pessoas, desde que elas mantenham uma relação "saudável" com eles. Nos casos de "vício", os jogos não devem ser tratados como o problema, mas sim como sintoma.

Os jogos, se desenvolvem com a humanidade num processo recíproco; Nós também nos desenvolvemos com os jogos. Basta pensar nas capivaras: elas não possuem essa exclusividade que nós temos. São presas a rotina diária. Nós não; temos a nossa disposição diferentes ferramentas para nos desenvolvermos mais. Os jogos fazem parte dessas ferramentas. Apesar de muitos não verem dessa maneira, essa é a verdade pura e simples.

__________________________________________________________________________________

(Acho que minhas postagens estão batendo muito no mesmo assunto. Prometo que semana que vem eu mudo de tema. =D)

Um comentário:

  1. Muito foda. Parabéns pela temática genial do texto, pelo jeito que você aborda E pelo uso de palavras difíceis, tais quais só me vem a memória "ávida".

    E War rules.

    ResponderExcluir

Comenta aí o que você achou do post! Quer uma mensagem privada? Então que tal mandar um e-mail pra mim dando alguma nova idéia pro blog? =D